quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

VELHO BANCO



E ele sentou... Sentou com esperanças que o tempo fosse passar, parou de sentir vontade de ter vontade, sentou ali, no velho banco de madeira, aquele qual tantos já se sentaram... Se sentou hoje não para prosear, não para jogar e sim, sentou por que estava cansado de viver. O tempo já não passava como antes, o sol já ia indo embora e ele podia jurar que ele havia acabado de chegar. Ficou ali por mais um tempo, chorando. Sua canseira o impedia de levantar, mas quando conseguiu, respirou fundo e disse: Amanhã é um novo dia, ainda somos obrigados a viver, nem nas nossas vidas temos democracia. Ele saiu, com a mesma expressão que chegou. E se lamentou de não ser mais aquilo que um dia já foi, somos mutáveis pensou. Fez um barulho com aboca de desaprovação, olhou o velho banco de madeira e foi-se para casa. Depois desse dia, ele nunca mais se lembrou como era ficar com alguém, entendia muito de solidão, quando antes entendia de amor. Então somos mutáveis pensou de novo...

Após o pensamento veio um gritou, chovia muito, parado, cansado e jogado no chão ele gritou: Em que lata de lixo eu deixei meu coração? Perdão, eu preciso do meu próprio perdão. Pensou no velho banco e decidiu pro completo dormir no chão, ali ficou... Ficou e ficou... Pobre Homem diziam, pobre. Pobre pensava, são vocês que acha que são felizes e não são, felicidade não existe! Foi para o banco, se sentou sozinho e ali ficou, esperando sol se ir e pensando como que o tempo passava rápido.. apenas isso.. só isso!

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