segunda-feira, 24 de outubro de 2016

OVOS

Você mexe comigo como aquela senhora do apartamento aqui da frente  mexendo seus ovos para fazer seu o omelete ou então qualquer coisa que vá ovos, ela bate com força e chega a maltratar aquela vida... aquele coração... assim ela para, adiciona alguma coisa...deve ser alho, só pode ser... é alho... pronto. Ela deve ser como você, nem para picar um alho fresco e colocar dentro dessa omelete.. é tudo velho, ultrapassado, processado, assim como as lembranças que ficam... será que ela vai salgar? Ela sumiu da janela... voltou com um telefone, tá rindo... gargalhou... eu ri também... nãos ei do que.... colocou sal, pimenta do reino e mandou para a frigideira... peguei você e mandei para a frigideira... você mexe demais... como ovos se encontrando e se entrelaçando entre si.

SAUDADE

Minha saudade é nas pequenas e bobas coisas da vida... sabe que fiquei conversando outro dia com uma amiga sobre as pessoas e os seus elos e como eles ão frágeis... hoje vindo ao trabalho chorei por que vi um casal de mãos dadas... outro dia por que vi um casal se beijando...  a saudade não era do beijo da tua boca, da mão em forma de amor... era saudade da sua boca falante, do seu olho, da sua mão... hoje fiz um esforcinho para lembrar de como era sua mão... tomo meu café no trabalho, com bolo de festa ... a saudade se vai, como uma brisa geladinha que anuncia a chuva, faço mais um esforço para lembrar do seu sorriso e nem preciso, você mora aqui, dentro de mim....

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Qualquer dia

Nessa calma sertaneja
De quem sabe o que fareja
Eu te encontro qualquer dia
Eu te encontro qualquer dia

Já conheço os teus rastros
Já comi no seu prato
Já bebi tua cerveja
Eu conheço o teu cheiro

Eu te encontro qualquer dia
Ah! Eu te encontro qualquer dia

Logo quem me julgava morta
Mas esquecendo a qualquer custo
Vai morrer de medo e susto
Quando abrir a porta