segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PROJETO COPO CHEIO NA MOSTRA MOTIM


Arte: Maira Brigliadori (Arte Oficial do Evento)


PROJETO: VENHA ENCHER SEU COPO AQUI
“O meu e o seu Copo Cheio”

Videos realizados com textos do Blog

O “O meu e o seu Copo Cheio” contou com a participação de mais de 20 pessoas, atores ou não, gravando textos que foram publicados no blog Copo Cheio de Palavras (copocheiodepalavras.blogspot.com.br) mantido pelo autor Betinho Neto. Essa ação é apenas a primeira em comemoração de um ano do Blog. As apresentações vão acontecer no Teatro Abordo sempre ás 18h30 na Praça dos Andradas em Santos.

07/02
QUINTA-FEIRA
Liliane São Paulo – Prologo
Ana Luiza – 24 horas no ar
Katia Baliano – Vodka

08/02
SEXTA-FEIRA
Nyna Simões – Boa Tarde
Ricardo Vasconcellos – Sem titulo
Junior Brassalotti – Carência
Kadu Verissimo - Luiza






quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O CHEIRO DA COMIDA DA MAMAE

Queria viver toda a minha vida de trás para frente, para entender melhor meus atos, minhas  escolhas, minha vida e o meus amores. Por que os amores se esvaziaram? Onde que eu deixei de acreditar?. Queria viver minha vida plenamente do dia que eu morri ao dia que eu nasci. Iria me conformar mais com as escolhas, entender mais o significado das palavras, aproveitar mais o amor, amar pela ultima vez inocentemente, perder a virgindade nas ultimas horas da vida, beijar o meu grande amor, abraçar meus pais, beijar a minha vó, brincar com meus primos, ensinar algo aos meus irmãos, ouvir a bronca dos meus pais, ralar os joelhos, me esticar, aprender a primeira palavra, fazer o primeiro desenho, ouvir a primeira musica, dançar e dançar como eu nunca tinha dançado, trocar olhares, sentir o calor de uma outra mão na minha, tomar yacult, tomar o primeiro porre, vomitar, sentir o cheiro da comida da minha mãe e entender, entender que tudo que não foi aproveitado nesse passado (futuro) me fez morrer daquele jeito, assim acho que morrerei (nascendo) e dando o valor para tudo isso como fosse a primeira vez pois eu já saberia que seria a ultima.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

VOA FADINHA...


Quando o sol brilha lá fora mais forte e com mais vontade de brilhar é quando ela com seus cabelos loiros ou pretos desce as escadas da sua casa, ela acabou de acordar, com certeza ao descer ela vai parar em algum degrau, olhar para frente e em um passe de magica, vai ver toda a sua vida, é uma vida cheia de aventuras, com mágicos, duendes, globos, italianos sorrindo, carros voando, anjos nascendo de seu ventre, historias das mais diversas sejam elas de terror, de suspense, de amor ou até comedia! Assim, depois desse turbilhão de lembranças ela vai sorrir, vai sorrir como sorri todos os dias.

Então, ela sorri e continua descendo, ela sempre veste uma camisola bonita, cinematográfica, de cetim, perfeita! Ela vai parar de andar ao chegar no fim da escada. Com delicadeza, vai observar a janela de longe e com calma vai até ela e então ela vai abri-la e ao olhar por ela tudo que estava preto e branco vai receber a sua cor: a arvore fica verde, o pássaro amarelo, a rua cinza, o carro roxo, o gato preto e se ela piscar? E se o piscar for forte: chove,  se coração doer: relâmpagos e se nada mudar: o brilho do sol continua...

Ela vai ate a cozinha, pega seus instrumentos mágicos e cozinha, faz comidas magicas que faz com que você tenha sensações diversas, de amor, carinho, fraternidade, amizade, amor. Você deve estar imaginando que ela é uma fada, uma deusa, uma energia maior e eu te digo que não. Ela é bem humana, mais que eu e você juntos, ela mora ali naquela casinha, onde faz a sua historia encantada, como seus olhos e sua vida, ela é e sempre será iluminada e humano como eu e você.

QUEBRO, QUEBRO TUDO!

Qualquer dia eu faço a louca, surto! Quebro tudo e sumo! Qualquer dia me permito ser maluco! Saiu por ai de sunga, correndo e gritando despautérios para quem estiver passando! Qualquer dia me canso desse capitalismo, desses presentes, desse bem material que tanto consome minhas vistas e vivo o que sobrou dentro de mim e espero que seja suficiente pois para tudo isso terei gastando tanta emoção que no final nem sei mais se restará algo. Vou correndo até São Paulo e de São Paulo fujo para o mundo! Fujo de ti, de mim, da sua vó, do meu avô, das ajudas, lamurias, problemas, soluções, putarias, sexo, invejas, falsidades, cerveja. Sou um maluco contido, mesmo que grite, beba, corra e xingue não faço tudo na ordem que eu preciso para ser considerado "louco" e sabe por que? Por que não da! É não dá! Não dá para ser tudo isso em apenas um corpo! Um dia ainda enrolo linguiça em rabo de cachorro, coloca galinha preta encima de telhado, enforco pernilongo no meio do palco do teatro e apareço pelado em alguma posse de prefeito ou em algum aniversario de 90 anos de alguem, agora sim serei eternizado como a louca, o pelado, o maluco pintudo. Que assim seja, fujitivo e maluco. Que assim seja!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ESCONDIDOS

Eu tenho meus momentos de olhar para o céu. São momentos suaves, serenos, simples. Não olho para o céu buscando explicações, conformações ou anunciações. Olho o céu para entender um pouco de mim, um pouco daquele... Meu céu é meu refugio de entendimento suave como uma brisa, é onde eu escondo toda a felicidade que existe dentro de mim. Onde, quieto guardo minhas preocupações. É naquele céu, cinza ou azul, que eu fico, vidrado. Como fosse explodir! E sempre explode! Nessas nuvens eu escondo os que eu amo. Nesse azul eu me esparramo, rindo um pouco de tudo. Nesse céu, tão colorido que eu escondi você e nunca mais achei, porém entre as nuvens sempre estão meus doces sentimentos, meus amigos e meus amores esquecidos ou perdidos, sempre. Desse ceu, que me emana luz, que tiro minhas forças para continuar e esses escondidos, sorrateiros pelas nuvens, brincalhões em suas vidas que me fazem sempre levantar e acordar. Bom dia, hoje é seu novo dia!


TREVO

Um dia a toa e qualquer eu dou a sorte. Não sei, acho que desistir é muito mais fácil que acreditar. Eu darei a sorte, como alguém que consegue uma vaga para o carro impossível, encontra uma nota de cem reais perdida, olha dentro dos olhos quando conversa, chora de saudades de um amigo, abraça tão forte como fosse sentir a alma, se preocupada, orienta, ama de verdade... Esse tipo de coisas são tão difíceis de acontecer. Um dia, qualquer dia, eu vou dar a sorte de te achar, por que sei, eu sei que você existe e se não existir não importa, prefiro fechar meus olhos de mentira do que me conformar com a verdade e sair da fantasia. Eu escolho hoje, acreditar sempre no impossível e amar sempre que preciso.  Novos dias, velhos pensamentos e a nova vida pela frente, novas conquistas e os mesmos obstáculos. Nós somos os nossos próprios obstáculos só que dessa vez eu acredito na minha sorte, é só minha...

domingo, 20 de janeiro de 2013

DESCULPAS

Depois que inventaram a desculpa o mundo ficou essa merda que está. Suas atitudes vão mudar? Sua cabeça vai mudar? Então não gaste seu Latim, suas palavras comigo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

PERGUNTAS


Você me fez aquela pergunta novamente sem resposta, eu, paciente te respondi qualquer coisa. Por que você vive me azucrinando com tanta pergunta sem resposta? Já sei, você esta testando a minha criatividade para essas perguntas, continue testando, até o dia que minha paciência se esgotar e eu te esfaquear. Ta ai, uma boa resposta para sua pergunta...

ONDE EU VIVO


O som é alto, o cachorro então late, a mulher grita e eu me desespero. É tanto barulho que minha concentração acaba de se esgotar e ir para algum lugar que eu não consigo mais alcançar. Gritos, latidos, broncas, indiretas fazem parte de uma rotina maluca. Cada dia mais dentro de mim vai se criando algo que eu poderia chamar de câncer, mas seria demais, então chamarei de meu bichinho comedor de mim mesmo que vive dentro de mim. Esse ser grita, late, solta indiretas e tenta a todo momento me fazer tomar atitudes malucas e desesperadas. Por que será? Ai... Um dia morro disso ou então contrato alguém para matar. Um dos dois vai...

domingo, 13 de janeiro de 2013

PROJETO: VENHA ENCHER SEU COPO AQUI...

O BLOG completa um ano de existencia e convida você para interpretar seus textos, que tal? Pode ser ator, atriz, bailarina... não importa é preciso transbordar.
É facil, basta acessar o blog, escolher um texto, mandar um email para copocheiodepalavras@gmail.com OU um INBOX para Betinho Neto contendo: Seu nome, telefone e texto escolhido. Assim que a data da gravação for divulgada, entrarei em contato para combinar.

ATENÇÃO OS TEXTOS QUE JA TEM DONOS: BOA TARDE, BREVE, BICHO, SAUDADES, RUAS, PROLOGO, 24H NO AR, MULHER, CULPA, ATROPELA, FELICIDADE, BRILHA NO AR, AMOR, PODE VIR, CARTA PARA AMOR e 14, 13 DIAS SEM TREPAR E DOMINGO


Aopio: Uppa! Produções, Superbacana Produções, Vila do Teatro, Slow Café Produções e a DM Filmes.





PODERIA


Eu poderia até mudar. Deixar os velhos hábitos. Deixar de procurar. Mudaria minha vida, minhas roupas, minha risada. Deixaria de existir. Eu poderia mudar. Voltaria a comer feijão, não sairia de madrugada. Iria dormir sempre cedo. Comer de madrugada¿ Nunca mais. Eu poderia. Poderia diminuir a quantidade de roupas, de comida, de bebida e de cigarro. Eu poderia abusar, ousar, liquidar.  Me masturbaria menos. Prestaria mais atenção em tudo ao redor. Pensaria no futuro, na casa, nos filhos, nos netos e no nosso caixão. Trocaria de telefone, mudaria meu jeito de gritar. Eu poderia mudar. Falaria baixinho no seu ouvido, deixaria a esbornia, mudaria a vida.
                Eu poderia mudar, minha cama de solteiro, meus lençóis. Tiraria esse pulseira, colocaria um anel. Acordaria e teria que sorrir. Colocaria um pouco mais de açúcar no meu humor. Cortaria o cabelo. Iria até o meio do mato. Eu queria... Posso até fingir que estou dormindo, eu poderia. Poderia mesmo.
                Seria maior, melhor, mais magro ou gordo, robusto, faceiro. Seria um sonho encantando que não chegou no fim, é... Eu poderia até mudar.

DOMINGO


São seus olhos, esses mesmos olhos que me tocam e me deixam a alma lavada. Em busca do teu olhar me torno cada vez mais submisso. Como alguém em sã consciência pode dizer não olhando diretamente para você? Sua voz faz com que eu fique murcho. Não, não fuja. Nessas noites escuras e frias que eu percebo o quanto eu preciso de você. Minha cama está vazia, meu coração triste, meu prato de comida não tem mais gosto. Falta Sal. Falta você. Meu sentimento que eu perdi você para sempre continua rondando e então você chega. Pega na minha mão. Olha dentro dos meus olhos e quando eu pisco você vai embora. Você some. Some como sempre sumiu. E aqui estou, sozinho, jogado e pensativo como toda a tarde de domingo.

ENTREGA PARA VOCE


Entregador: Essa é a ultima caixa, esse elevador não fica pronto nunca?

Madame: O que significa isso? Olha... Eu não acredito. Eu falei que não queria mais isso aqui dentro, criatura de Deus.

Entregador: Mas eu tive...

Madame: Leva isso pro inferno, põe no lixo, põe no cemitério, da pro cachorro comer, joga na cratera de São Paulo, manda pro Iraque... Mas desaparece com isso!

Entregador: Mas dona...

Madame: “Dona” não, respeito. Primeiro: não chamei você para entrar em casa, chamei?

Entregador: Não...

Madame: Certo... Porque se tivesse, teria que ser mais educada... Vejamos... Segundo: tenho por acaso cara da Dona Benta?

Entregador: Desculpa, Dona...

Madame: E outra: cara não, meu filho, face. Quem tem cara é cachorro. Você conhece ou não conhece a Dona Benta?

Entregador: A do Sitio?

Madame: Não, criatura! Sabia que você deveria ser banido do mundo como muitas outras pessoas? Ninguém deveria de ter que conhecer você, ter esse desprazer... Quanto mais você vive mais ar você tira das pessoas saudáveis e boas, mais as assustas, mais envergonha o mundo... E se um E.t. vier pra terra e descobrir você antes de qualquer outro?

Entregador: Não to entendendo... E.t.?

Madame: E.t... Aqueles seres que andam em naves. Tem olhos grandes, cabeçudos...

Entregador: Eu sei o que é um E.t.!

Madame: Pois bem, se eu fosse um E.t., mas graças a deus que eu não sou, isso é só um exemplo tá? Pois bem, iria embora correndo e depois destruiria a terra pela má impressão que você causa...

Entregador: O que a Dona Benta tem a ver com isso?

Madame: Ah... Você já lembrou quem é?

Entregador: Não.

Madame: Mas é uma anta mesmo!

Entregador: Como?

Madame: É a marca da farinha! Como você trabalha em um supermercado e não sabe quem é a Farinha Dona Benta? Meu Deus... O mundo ta perdido.

Entregador: E que...

Madame: E eu sou, então, “senhora”. No mínimo.

Entregador: Certo...

Madame: Por que não sou marca de farinha e nem aquela velha xexelenta que tem na embalagem, coisinha feia.

Pausa

Madame: Posso te fazer uma pergunta? Já que você que é jovem, até que é bonitinho...Usa umas roupinhas cafonas, deve ter só cueca velha e rasgada, mas isso não importa... Você deve usar aquele tal do internet?

Entregador: Internet?

Madame: Nossa!! Internet!!! Alo?!? Site de homem pelado, mulher, vaca, cachorro, cavalo e mulher...

Ele começa a rir.

Madame: Que foi?

Entregador: E que...

Madame: Ta achando que eu sou a Vovó Mafalda?

Entregador: Poderia ser o bo...

Madame: Nem pensa em completar essa frase garoto, senão quebro você em dois com um golpe do trântico!!!

Entregador: Mas esse golpe não existe, tântrico é...

Madame: Você tem ou não tem esse Internet?

Entregador: Internet é feminino...

Madame: Feminino? Me disseram que ele era um homem, por causa dele varias amigas minhas descobriram... Nossa... To besta! Será que elas são lébiScas? Nossa, Cátia... Que decepção! Eu sei que ela usava 44, mas... Não acredito... Até pensei que a filha dela poderia ser... Nossa, eu to besta... Cátia, Cátia, quem diria!

Entregador: O que a filha dela poderia ser?

Madame: LébiSca.

Entregador: Fala mais alto por favor...

Madame: LébiSca.

Entregador: Que?

Madame: LébiSca, porra!

Entregador: A dona... senhora Cátia do 65, e a filha?

Madame: Essa mesma... Nunca me enganaram...

Entregador: Mas ela tem um caso com o...

Madame: Fachada, meu querido. Que decepção...

Entregador: A Senhora ta entendendo tudo errado...

Madame: Ai, to nervosa, to em choque, chamem os médicos!

Entregador: Presta atenção, A Internet é uma rede de computadores onde você tem muitas coisas para fazer, como namorar, pesquisar, trabalhar...

Madame: Tudo terminado em ar... LebiScanizar... Trepar...

Entregador: Também, mas tem muito Hetero que...

Madame: Ela nunca me enganou... O senhor me da 2 segundos, por favor?

Entregador: Dona...

Madame: Senhora...

Entregador: Senhora...

Madame: Diva...

Entregador: Diva?

Madame: Lógico... Calma aí... Alo? Cátia? Calma, amiga, eu aceito. To sabendo do seu casinho pela A internet... Conheci, sim, deve ser um amor, não é? É... To com um rapazinho aqui do supermercado... Ah... Tudo bem, eu espero... Ta tocando aquelas musiquinhas idiotas de escritório: Sua ligação é muito importante e tudo mais, todas as linhas tão ocupadas, não desligue seu telefone... Tudo conversa fiada, aposto que tem nego fazendo a unha. Ah.. Cátia, ninguém ta louca! (pausa) O quê? Isso? Ah... Por que você não falou antes? Entendi, ah, isso que é internet, entendi, lógico, beijos querida! Ufa... Por um segundo pensei que perdi a amiga.

ISSO E SEGREDO


Isso é segredo

Faça silêncio
Podem ouvir seu coração
Faça silêncio
Não é bom confiar em si mesmo
Faça silêncio
E escute : o que você está pensando agora ?

Faça silêncio e ouça mais um segredo
Sobre medo,sobre amor e o que for
Para seu próprio zêlo
Não conte a ninguém
Isso é segredo

Tudo bem ,pra você eu conto
Mas não conte pra mais ninguém
Entre bandidos e mocinhos ,não sobrou ninguém,
Eu os matei
Guarde segredo

Faça silêncio
Podem ouvir que mentimos sobre o que sentimos
Faça silêncio
Podem ouvir que rezamos pedindo demais
Faça silêncio
Podem não acreditar que você está em silêncio
Isso é um segredo.

UM PASSO


Novo...
Vem para mim...
Não existem mais olhos e nem olhares
Pare de dançar sobre mim enquanto eu estiver no chão
Não te amo mais
Nunca acho que te amei
Nunca amei, e quem amar?
O que é amor?
Fantasia lúcida de quem dança em cima de uma nuvem
Uma nuvem com toda a liberdade de voar

Não tem fantasia
Rasga a mascara, meu amor, meu caro
Você foi apenas coisa de carnaval
Coisa do final de baile, não te amo mais
Quem disse que alguém pode te amar
Olha mais na frente do meu olhar
Deixa eu te pegar, dessa vez eu prometo, que só dessa vez
Eu vou te usar da forma que eu deveria
Eu nunca te amei, eu apenas

Apenas...

Dancei

CONTO DE FADAS E O CARALHO


Historia pra criança que nada, uma coisa é você ser sua seria, outra você voar em um tapete voador por que um gênio azul da lâmpada crio ele, outra cosia é você falar com animais, ter  melhor amigos ratos e perder um sapato de cristal, lembramos que é de cristal em uma escada e ele não quebrar, e além de tudo só você usar um numero de sapato em uma cidade toda, sorte da Cinderela que não se acabo no baile, se não ia quebrar o alto, o sapato o pé. Eu não sei também como uma criatura pode falar com um relógio, uma castiçal e achar a coisa mais normal do mundo, também tem uma explicação plausível, depois que ela viva  fera ela passou a acreditar até que a vida dela era contada por uma rosa que por milagre flutuava, depois que a velha fada lá louca pediu comida e ele nego e viro uma fera eu passeia  dar comida a todos que me pedissem comida, fora que o castiçal trepava com a espanador atrás da cortina, quem trepa com um espanador atrás de uma cortina? E se a cortina também falasse? Por que a Ariel não aprendeu a falar a linguagem de sinais? Já que ela tinha perdido a voz dela, e por que a bruxa louca podia ficar tão grande. Queria saber da onde a sininho tira aquele pó que faz todo mundo sair e voar, ficar voando e viajando feito um super homem e se sentindo o mais babaca do mundo, esperamos que os meninos perdidos não sejam mais perdidos por que ai ninguém aça mais eles, e o Peter pan? Seria um elfo? E por que quando ele sai da Terra do nunca ele não cresce? Deveria crescer? E a terra do nunca/ Nunca ninguém é virgem , nunca ninguém é viado? Nunca ninguém bate punheta?  E o gancho? É canhoto ou pede pro Mister Smith bater uma pra ele? E o jacaré? Quer chupar o Capitão ou quer comer ele mesmo? O Peter bate uma pensando na Wendy e a sininho na verdade é uma drag? Por que a madrasta da branca de neve se importava tanto com ela? Por culpa do espelho, por que simplesmente ela não trocou de espelho? Quebro aquele, uem sabe dava 7 anos de sorte! Voltando a  Cinderela que cheirava pó da sininho, ela não fazia porcaria nenhuma n casa por quem, quem limpava tudo era os bicho e o gato lá Lucifer so se estrepava so por que queria livrar a casa dos ratos que trazem doenças. A primeira vê\ do Tarzan foi com um macaco? Não por que se ele pensava que ra um deve ter trepado com um. O pinochio, se falasse que ele era de verdade o nariz dele não deveria crescer? Ele deveria ter uam floresta amazônica no nariz de tanto que ele mentiu duante aquele desenho, e o pau dele? Nasceu da onde se o gepeto não fez um quando escupiu ele? E o gepeto, era viado? Por que anoa doto um filho em vez de fazer em de madeira? Por favor...

NOSSO FIM


A porta abriu, coração quebrou, despedaçou no palco junto com o seu show, aplaudido de pé está. E o fim, fechando a cortina, sabe que aplaudido está. Verdade. Olhando para o longe se vê as verdades. Perca de visão. Perdeu-se de vista a autoridade do coração. Medo, mentira... Palavras começadas com a letra M fazem do mundo a falta de escalação da cadeia alimentar. Falta de temporada. Lembranças deixadas, não existem mais lembranças. Fantasmas. Fragmentos de historias. Não... Não existem mais as historias complexa. Singular e nada de plural. Nossos momentos, nossos dias, nossos anos, nossos desejos, nossos prazeres, nossos temores, nossos medos, nossos mundos, nossos fragmentos, nossos... O que são nossos? Fragmentos. Nossos fins. Singelos Pontos. Nossos aplausos. Sorria. Nossos banquetes, então se senta e sirva-se da comida fria chamada sentimento alheio de fazer sofrer por medo, bom apetite. Sabe-se que de estomago vazio está. Sobrevivência. Sobrevivente. Viva. Por que a vida vive. E no fim todos levantam, vão embora e se esquecem que você um dia foi o foco principal. Amor é tudo isso em torno do amor. Nossos amores. Fim. Mais um dia de fim.

sábado, 12 de janeiro de 2013

AMO

Entre nós dois somente existe nós. Olho no olho, dente no dente, sangue escorrendo... Entre eu e você existe meu amor, louco.. Insano. Sou insano e assim eu te amo. Amo suas viceras, amo seu gingado, amo teu sopro. Me assopra? Me devora? Que tal se a gente combinasse agora de um ter o outro. Tenho vontade de colocar minhas mãos dentro de ti, te invadir, arrancar seu coração, te ver falecer. Dentro dos meus olhos só existe eu e você, nós. Eu te amo. Nós.

AMIGOS, OI?


Sinceramente eu não sei. Não sei quem são meus. Essa teia de amizade sem fim chega a me perturbar mentalmente. Não sei mais que grau as pessoas estão comigo e quanto eu posso confiar nelas. Eu fico assim, parado, analisando e pensando. Será que eu estou errado de não pular logo de cabeça e ver no que vai dar? Não sei ao certo. Me sinto embutido, sabe? Como uma linguiça ou outras coisas feito de vários: para formar esse sentimento de “amigo” é preciso a união de vários outros para sair o concreto. Você, tem ainda aqueles seus que você conquistou que são concretos por apenas serem eles? É, como uma grande maçaroca que vai sustentando a vida e a gente é claro se alimentado dela. Acho que preciso rotular melhor esses tais amigos...

FORA ARTE, PARA FORA

Eu recuso toda a arte que tem dentro de mim. As deixo para quem quiser. Se acharem provável eu as distribuí em números iguais para que as quiserem, eu as distribuirei. Já aviso a todos que não são muitas,quer dizer... São quase nada. Eu me recuso como gente também, por que para recusar toda a minha arte que vibra dentro de mim eu deixo minha humanidade de fora, assim restando apenas carne, osso e orgão. Não me abri, não me fechei, não me joguei, não me entreguei, só recusei. Fiquem com todas, tudo, formas... Minhas unahs continuam a crescer, mesmo que eu as corte elas continuam a crescer, mesmo quando eu morrer elas vão crescer e meus cabelos também, curioso. Não posso me livrara deles nem na hora da minha morte. Será que consegui recusar toda a minha arte? Ou ela é cabelo e unha? Quem é? Sai daqui... Hoje não tem pão velho.

GUARDA-ROUPA

Aquele complicado guarda-roupa que toda casa tem uma vez no mês quem se preza o arruma. O guarda roupa é dividido em varias partes.
O Maleiro onde eu guardo meus melhores momentos, minha vida e coisas que eu um dia vou precisar e que não da para jogar no lixo, geralmente é a maior parte de tudo e é também a mais alta e mais difícil de arrumar, pois coisas que não são bem guardadas podem cair na sua cabeça.
Depois tem as gavetas, que geralmente as pessoas guardam as cuecas, no meu caso é quase a mesma coisa, lá deixo sempre truques e coisas necessárias que não podem ficar jogadas dentro do guarda roupa por que expõe as pessoas a riscos e todo mundo admitindo ou não adora estar em risco. Se você for a minha ultima gaveta embaixo do papel que as forra você vai descobrir meus segredos, é... Todos eles.
Depois vem a parte com prateleiras, onde ficam meus livros e papeis importantes, lá eu guardo tipo de coisas chatas, como acordar cedo, ir trabalhar, aturar gente, ter que viver nessa sociedade, essas coisas assim...
Penduro meus sonhos, meus amigos, minha família de mentira e a de verdade em cabides de camisetas, depois de lavadas e passadas.
Nunca coloco calças no calceiro é lá que fica minha roupa de cama e todos meus sentimentos que só meus travesseiro sabe.
Na sapateira ficam os lugares por onde eu andei.
Existem guarda roupas maiores é claro, mas eu estou falando do meu e chega uma hora que você vai enfiando tudo dentro dele de qualquer jeito e de qualquer forma, dobrado ou não, sujo ou limpo, seu ou de outro.

ACRDEDITE, É LEGAL SER REAL

Eu já escolhi! Se era tanto para escolher, eu te juro eu escolhi! E o que eu escolhi? Isso é tão facil, escolhi a mim. Escolhi viver como um passaro, amar como um gafanhoto e a viver como um rato. Por que? São escolhas simples, não entende? Claro! Nâo são suas, não foram analizadas por você, não foram escritas e pensadas com você. Gostaria de poder deixar você mais real, minha vida mais ireal. Gosto de realizar tudo assim, quanto mais loucura se inserir melhor, mais louco vou ficar para poder continuar a dançar valsa em cima do Pão de Açucar! Será que é assim que as coisas ainda funcionam pelo mundo? Quanto tempo é o tempo para que eu possa ficar louco ao ponto de esquecer minha idade, cidade e privacidade? Gosto de ser assim, todo oferecido, todo jogado na vida. Quem não gosta? Não sei de você, mas sei que amar como um gafanhoto foi a melhor escolha que eu fiz, por que amar gente tá dificil, ainda mais na epoca que amigos estão na crise mundial e se tornam inimigos. Bem, a plataforma saiu, o barco afundou, a vida seguiu... Você vem? Ta começando tudo de novo! Como eu sei? O sol já ta nascendo e não é redondo e da form aque você quiser.


Acredite, o legal é ser real...

ESSES DIAS

Nesses dias que se olhar é difícil fico vagando pelas ruas sozinho em busca de uma resposta mais concreta de todas as perguntas que ando fazendo, fico pensando como que a cabeça do mundo em forma de gente é constantemente solúvel, parece até Tang.
Um litro de água gelada de preferência e um pacote de tang ser humano misture bem e espere a velha gritar que alguém ta com sede.
Não vou negar, eu tenho sede, mas essa minha sede não é de pessoas e de humanos com atitudes humanas.
Quero minha liberdade, quero minha vida antiquada, quero minha morte absurda, quero gozar muitas mil vezes ao mundo, quero minha vida do jeito que ela nasceu para ser, uma arvore no meio da pista dos automóveis loucos por corridas.
Tudo nasce de uma pequena coisa, se não fosse assim arvores não seriam arvores, não é?

FACA DE PAO


Então é assim?
A gente diz que sim
E você correndo vem me dizer que não?

Você tem frio?
Frio aonde?
O que seria um pouco de frio?
O que sou eu? O que é você?
Que casa nojenta é essa?
Cadê a empregada pra limpar tudo isso?
Que nojo, to com nojo
Nojo

Olha isso, você consegue?
Tire esses óculos que nem grau tem
Olha pra mim nos meus olhos
Que alma você ta vendo
Garanto-te que não é mais a minha
Molde do mundo
Molde da vida

Você lembra de mim?
Lembra de quais momentos?
O que é isso?

Espera, você ta fechando a porta
Eu nem terminei meu bem
Cala a boca e senta ai
Ouve o que eu tenho a dizer
Em silencio ainda?

Daqui você não sai mais ninguém
Outro grito
Olha na janela pode ser alguém
Outro choro
Quantas lagrimas
To caído aqui me contorcendo no chão
È como fosse uma ulcera
Doe sabia?

As vozes do alem ando te perseguindo
Do joelhos na sua frente
Eu posso as senti-las
Mas você ta em silencio ainda
Fazer o que?
Em silencio, fala mais rápido, por favor,
Não da pra entender nada

Chorando? Quem ta chorando?
Isso na minha mão
E uma faca de cortar pão
Uma faca de cortar pão...

Você já a usou?
Ela é minha ou sua?
Você se lembra?
Você se ilude quando acorda de manha?
Qual o preço da sua imaginação?

Isso na minha mão?
E uma faca...
Uma faca de pão. 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A COBRAR?

Bruxa do Norte: Espelho Mágico, liga a cobrar para a Bruxa do Oeste.
Espelho: Sim Senhora
(No outro castelo)
Espelho: Ligação a cobrar da Bruxa do Norte.
Bruxa do Oeste: Essa praga não para de me ligar a cobrar, não acredito nisso. Cadê o dinheiro que ela recebe da INSS? Ta gastando tudo em bebida, desgraçada, vai... Eu aceito.
(Aparece a Bruxa do Norte no Espelho após a chamada a cobrar)
Bruxa do Norte: Já ta sabendo?
Bruxa do Oeste: O que? Não vem me dizer que as maças aumentaram de preço de novo, por favor...
Bruxa do Norte: Não é isso, sabe aquele príncipe?
Bruxa do Oeste: (Gargalhando) Príncipe? Que príncipe? Todos são príncipes, as únicas coisas velhas e enrugadas somos nós.
Bruxa do Norte: Menina, aquele que tinha um caso com a Cinderela.
Bruxa do Oeste: Eu sei bem quem é, aquele meio...
Bruxa do Norte: Estranho, isso mesmo. Parece que ele virou gay.
Bruxa do Oeste: Gay? Eu sabia, apareci outro dia pelada na frente dele e ele não fez nada.
Bruxa do Norte: Também não é menina? Teu peito ta caindo nos teus pés, tem que tomar cuidado para que ninguém pise neles.
Bruxa do Oeste: Que absurdo, olha como você fala comigo, sua bruxa...
Bruxa do Norte: Amiga, somos amigas. Devia fazer igual a Pocahontas que colocou um belo silicone com o pajé da Floresta.
Bruxa do Oeste: Ela era traveca? Que medo. E com silicone? Eu não acredito.
Bruxa do Norte: É... Depois nos que somos as ruins, nós que não prestamos, nós isso...
Bruxa do Oeste: Para com isso, você me liga a cobrar para dizer que a Pocahontas é travesti e que o príncipe é gay? Por favor.
Bruxa do Norte: Mas essa historia do príncipe ser gay é muito grave, como a historia vai ter continuação?
Bruxa do Oeste: Ele vai ficar enrustido não é? Claro...
Bruxa do Norte: Igual essa pouca vergonha da Pocahontas, que absurdo. Por isso me aposentei viu amiga... Hoje em dia príncipe é bruxa, princesa é caminhoneiro e rei é cantor.
Bruxa do Oeste: E ainda nos chamam de velha guarda das historias só por que não somos em 3D, eu vou mostrar meu poder para elas verem...
Bruxa do Norte: Complicado mesmo, amiga segredo viu? Segredo.
Bruxa do Oeste: Pode confiar, minha boca e um tumulo.
Bruxa do Norte: Adeus.
Bruxa do Oeste: Adeus
(Desliga o espelho)
Bruxa do Oeste: Fofoqueira desgraçada, vou ser obrigada a mandar um email bruxa para toda a comunidade bruxa com essas novidades as leis da moral e bons costumes estão sendo destruídas, que coisa mais medonha, preciso falar com Merlin...
(Sai gritando)

DONOS DA HISTORIA


Corcunda: Consegui finalmente minha rainha, consegui.
Rainha: Conseguiu o que corcunda?
Corcunda: Prendi a Princesa na torre mais alta do Castelo, ela nesse momento deve estar prestes a tomar o suco envenenado.
Rainha: (Com voz de narrador de conto de fadas) E o príncipe chega na torre e salva a linda princesa (Volta com a voz normal) Até parece corcunda, onde já se viu, a bruxa no fim se dar bem.
Corcunda: Eu prendi o príncipe dentro da outra torre e joguei a chave fora.
Rainha: Eu não acredito corcunda. Eu não acredito.
Corcunda: Somos somente nós agora Rainha, somos os donos da historia.
Rainha: Os donos da história, gostei disso. Fica melhor “A Rainha é a Dona da História”... Enfim... Aquela princesinha xexelenta presa naquela torre e o príncipe idiota perdido na outra torre. Vamos sair de vassoura e comemorar... Somos únicos e vencedores.
(Uma semana depois)
Rainha: Chega, chega... Já roubei doce de criança, dei surra de pau de sebo em velhinha que estava atravessando a rua, furei olho de sogra, enganei um cego e gritei com um surdo. Não tem mais nada para se fazer Corcunda.
Corcunda: Tá difícil mesmo rainha, eu não sei...
Eu já sei, solta o príncipe.
Corcunda: Como que é?
Isso que você ouviu sua besta, solta o príncipe.
Corcunda: Mas ai...
Rainha: Primeiro, ele salva a princesa. Segundo, ele vêem aqui e bate na gente. Terceiro, nós fugimos e se escondemos e voltamos com outro plano.
Corcunda: Mas isso é passado.
Rainha: Corcunda com eles lá, nem nós e nem eles tem motivos para viver, por que nem eu e nem você vamos “viver felizes para sempre” então pra que ficar aqui?
Corcunda: Para aproveitar?
Rainha: Vai logo tirar eles de lá, quero um pouco de aventura...
Corcunda: Estou indo, você que manda afinal...
(Corcunda sai reclamando e a Rainha esta eufórica)
Rainha: Deixa eu ir preparado a poção transformadora em dragão, hoje a briga vai ser boa.

MANO A MANO

(Estão os dois dentro de casa tomando algum tipo de bebida, Marcelo está muito sem jeito e José com raiva, porem uma raiva contida. Ambos não trocam olhares e conversam de futilidades...)

Marcelo: Desculpa José, eu não tive a intenção de te magoar, perdão...
José: Perdão?
Marcelo: Eu não fazia idéia que eu iria te magoar dessa forma (desesperado) Olha... Calma (Ele fica olhando para o lado) Olha pra mim, pelo amor de Deus.
José: Marcelo, você me magoou, me usou para conseguir esse teu capricho. Não sei da onde eu tirei a idéia que você iria querer ficar comigo.
Marcelo: Grande idéia a minha de te procurar e vir me humilhar, você não entende Jose? Tudo mudou. Eu não sou mais aquele menino, eu sou um homem, eu sei o que quero para a minha vida.
José: Nada mudou, as pessoas não mudam, as coisas não são assim.
Marcelo: Você tem que acreditar, eu mudei, eu mudei sim, é passado!
José: Presta atenção! Ninguém muda, as pessoas só se camuflam, ficam um pouco mais calmas e quando você vê? Já ta lá, fazendo tudo de novo, tudo igual.
Marcelo: Dessa vez vai ser diferente, eu me apaixonei por você.
José: E a Sonia?
Marcelo: O que tem ela?
José: Como assim o que tem ela? Ela é sua namorada! “O que tem ela?” Como você pode falar isso Marcelo, meu Deus.
Marcelo: Você ta dizendo que...
José: Que idéia de merda eu ter me envolvido com você que tem namorada e ainda por cima, o que é o pior, a sua namorada é minha prima. Que desgraça (ele começa a chorar)
Marcelo: Eu posso ficar...
José: Sai, sai daqui. Olha ai, você dizendo que mudou e voltando atrás, você não mudou, ninguém muda.
Marcelo: Vamos fugir, ir para longe...
José: (Debochandio)E minha vida? Minha casa?
Marcelo: Você não me ama? Se você me ama deveria me entender ou pelo menos gostar das minhas idéias.
José: Eu te amo Marcelo, te amo mesmo, acho que é o meu amor mais verdadeiro, o sentimento mais puro que existe dentro de mim, só que infelizmente você não me ama e não ama a Sonia, não ama o Tadeu, não ama nem a você. Você não sabe de nada da vida e não entende o que é amor.
Marcelo: Por que você sempre me julga Jose?
José: Por que você está comigo e está com a Sonia e com todas que te dão bola, por que suas idéias são imaturas, você não tem grandes idéias, você não é nada e eu um pobre coitado que se apaixonou por você.
Marcelo: Por que você fala assim? E você que idéias que você tem?
José: Tive essa. (Mostra Veneno de Rato)
Marcelo: O que é isso, ta tirando uma onda?
José: Não, só resolvi que as coisas vão mudar, voce prefere que eu va de preto ou de vermelho no seu enterro?

LIBRA


Meu amigo, não tenha ciúmes, eu ainda sou eu, o seu amigo. Não vá ali não, ali tem monstro que come gente, eu não te falei Fernando para não ir? Agora ta aí, chorando... Por que essa coisa de ser o mais forte? Você não é o ciclope de cima da colina que me olha com um olho só, você é você. O que foi? Deita então aqui no meu colo, me deixa te fazer uma cafuné? Não né? Você não pode... Por que? Eu não fiquei amigo dele, eu não fiz isso por causa dela, eu não quis aquilo... Fernando, olha... Para com esse ciúmes! Deixa eu falar? Para de ser assim, grosseiro! Fernando eu sou teu irmão e eu te amo, por que tá com isso agora? Para com esse bico, vem aqui em casa? Não... eu não vou ai! Te comprei um presente, um recorte de tudo que está vivo e que pode ser revisado enquanto estamos vivos. Te comprei uma lembrancinha, uma forma de lembrar o quanto eu te amo. Te comprei um som, o som da minha palavra para dizer.. Não Fernando, eu não vou sair com ele hoje, eu não vou ler as coisas dele, não vou fazer as artes dele... Hoje é seu parabéns e assim eu digo: parabéns ciumento eu te amo.
para Luiz Fernando Almeida o meu amigo mais ciumento que eu amo.

NUNCA MELHORA...


Ele calmamente pegou seu cigarro no bolso, acendeu ,tragou, sentiu uma felicidade percorrendo seus pulmões, parou de pensar um momento e então olhou profundamente nos olhos de seu amigo e chorou, chorou um choro de verdade, sentido, doido e assim colocou sua mão encima do joelho de Marcus que estava sentado no chão com e ele e tragou.

Renato: Não liga para as minhas lagrimas, ela saem assim, sem ter por que sair.

Marcus: Você parece que é maluco, até ontem tinha parado de fumar e hoje... olha lá. Fumando de novo!

Renato: To me acalmando Marcus, você sabe o quanto eu ando nervoso ou não sabe, a vida da gente anda muito maluca, ninguém mais cuida de nada e de ninguém, é logico que você não percebeu que eu estou mal, ninguém mais percebe nada, somos todos maquinas, domesticados para apenas aguentar e não sentir nada, por isso...

Foi então que Marcus pegou Renato e o colocou em seu colo, Renato não disse nada, apenas abaixou sua cabeça no ombro do seu amigo e por um minuto pode se sentir confortável, seguro e dono do mundo.

Marcus: Melhorou agora?

Renato: Nunca melhora, tá aqui dentro...

Marcus: Apaga esse cigarro.

Renato, calmamente olho o céu, a rua, as pessoas passando, se lembra de quando era criança, jovem... Lembra dos seus amigos, seus amores, seus defuntos e agora pega o cigarro e apaga em seu peito, Marcus se surpreende com o que o amigo faz, fica sem palavras, sem voz, sem entender.

Renato: Apaguei .

Marcus: Reparei, por que ?

Renato: Apaguei em meu coração gelado que deixou de amar.

Ele levanta e sai caminhando, sem direção, fumando outro cigarro e tragando um minuto de vida.

AR DA GRAÇA


(Eduardo chega na casa, Wanessa esta deitada no sofá ouvindo qualquer canção, ele bate na porta, ela sente que é ele e vai atender depressa)
Eduardo: Acorda amor...
Wanessa: É você?
Eduardo: Sou eu.
(Abre a Porta)
Wanessa: Eu não acredito! (Com raiva e chorando) Te esperei por tanto tempo, me vesti do jeito que você me pediu e depois eu me pintei, a cada novo dia eu me pintei, pintei... (enlouquece)
Eduardo: Por que não estava usando os brilhos que eu te dei?
Wanessa: Por que me lembrei de quando olhei naquele dia nos teus olhos... Lembrei que teus olhos eram de adeus, eu sabia, sempre soube que você ia embora...
Eduardo: Eu sou igual a você, eu não presto. (Ela finge que não ouve) Pensando bem eu acho que nós já perdemos a nossa hora, acho que eu e você jogamos tudo fora (pausa e desconversa) eu tenho que partir!
Wanessa: Claro que não! Você sabe que o meu destino é caminhar do lado do teu! Sabe que se eu não usei seus brilhos por que devia estar desesperada e nua, esperando que no fim da noite eu fosse tua, somente tua.
Eduardo: Eu sou apenas um malandro na praça Wanessa.
Wanessa: Mas eu te amo, você não lembra dos balões? Aquela velha roupa no varal, era feriado nacional! Você não lembra o que a gente combinou Eduardo?
Eduardo: Não me lembro, eu vim mas já tenho que ir...
Wanessa: A gente era muito criança...
Eduardo: Eu ainda sou.
Wanessa: Por favor Eduardo, deixe em paz meu coração, ele já está transbordando de magoa, vá mais não volte (ela vira e chora).
Eduardo: Volto, com açúcar e com meu afeto, com teu doce predileto e dessa vez vou parar em casa para te amar para o meu sempre.
(Ele sai e fecha a porta, ela fica na janela olhando enquanto toca “Acorda amor”)

LUIZA PART 1 e 2

LUIZA PART. 1

(Presente na casa de Luiza)
Luiza: Eu sou aquele tipo de mulher que não gosta de receber visitas, ainda mais na hora do jantar e da novela, ninguém respeita minha novela? Que saco! Sabe o que eu faço com as minhas visitinhas queridas? Eu mato. Simples assim. Mato. Eu? Mato sim, mato a tia, a vizinha e até o gato que aparece aqui por engano, para roubar meus lindos peixes dourados do aquário. Então depois de todos mortos, eu ponho tudo no freezer para depois servir para algumas pessoas amigáveis do meu viver... (Indignada) Como? Eu preciso além de tudo ter uma vida social ativa, não é mesmo? Não posso sair matando todo mundo sem critério... Assim parece que fica feito eliminação de reality show.
Quero saber o porquê essa gente vem aqui em casa! Só isso! Você deve tá ai pensando que eu sou maluca? Maluco é você que atura esse bando de gente que não sabe o que está fazendo no mundo e que vai na sua casa, come sua comida e ainda por cima usa seu banheiro e deixa a tabua da privada suja. Continua me achando maluca? Tenho minhas dúvidas se você que ta ai, me olhando torto não faz isso.
Vassoura atrás da porta? Pra que? Saio dando porrada mesmo, facada, tiro, soco, voadora. A polícia nem desconfia de nada, faço uma boa torta humana para todo mundo, e fica tudo certo. Deixa eu contar para vocês o dia que a Suzana Marcela, olha no nome da criatura de Deus Pai, veio aqui em casa filar meu jantar, acho que fiz um bem para a humanidade de acabar com essa mulherzinha.

(Passado na casa. Suzana Marcela está sentada e Luiza deitada no sofá vendo televisão)

Suzana: Então Luiza, eu te disse, não podia ser coisa boa.
Luiza: (Pensando): Que maldita, bem na hora que essa droga de vilã vai matar esse peste de mocinho, essa mulher não para de falar..
Suzana: Você tá ouvindo?
Luiza: Tô ouvindo querida, estou. Deixa eu ver, quem sabe que você veio aqui?
Suzana: Minha mãe e o Neco meu namorado
Luiza: Neco, isso lá é nome de gente Suzana Marcela, larga esse homem, arruma coisa melhor pra ti.
Suzana: Poxa...
Luiza: Vamos jantar querida? Ando tão sozinha nessa vida... Uma companhia sempre faz bem.
Suzana: Vamos querida, vamos! Adoro sua comida.
Luiza: (Pensando) Aposto que essa mulher veio aqui para isso, ela vai ver.
(Luiza se levanta e chama Suzana para ir até a cozinha. Na cozinha saca uma arma e aponta para a amiga)
Suzana: O que é isso?
Luiza: Vou te mostrar como vai ser teu jantar e vai ser bom tu comer desgraçada, para aprender a nunca mais vir na casa dos outros filar bóia, maldita (Começa a gritar e se descabelar) Anota a receita, meu benzinho lindo! Anota bem nessa cabecinha Necada... “Neco”... Por favor.

(Ela começa a receita, pega os ingredientes no freezer e vai colocar tudo no liquidificador, Suzana Marcela a cada cena fica com mais nojo)

Luiza: 1 copo (americano) e 1/2 de sangue humano.
1 colher de dedos polegares picados
1 colher de nariz.
2 ovos (testículos)
1 xícara de olhos não muito cheia
1/2 pacote de pé ralado parmesão
2 xícaras de farinha de trigo
Recheio:
Lingua e bunda ao molho.

Luiza: Viu que fácil? Uma delicia! Você vai provar demonia!
Suzana: Não, por favor, tudo menos isso!
Luiza: Então vai virar ingrediente..
Suzana: Não (gritando loucamente)
Luiza: (Colocando a torta no forno) Querida, você acha que a menina da novela vai ficar com o mocinho?
(Ela fica muda)
Luiza: Você acha ou quer morrer mesmo?
Suzana: Acho.
Luiza: Eu chorei esses dias, gente do céu, quanta maldade não é nessas novelas? Um mata o outro mata... nem parece vida real...
(Ficam conversando sobre a novela, ela prepara uma mesa maravilhosa e as duas jantam, Suzana Marcela come a torta e toma vinho)
Luiza: Gostoso né?
Suzana: Você não vai comer?
Luiza: Eu não, não gosto de carne humana, come você, quero ver.

(Volta para Luiza no presente)

Luiza: E foi isso, até parece mentira né? Mas eu sou assim, veio para jantar, já tem o seu lugar, e vocês? Querem um pouco de macarronada de Suzana Marcela?

LUIZA PART. 2

Eu tenho uma obsessão meio que normal sabe? (ascende um cigarro) Uma não, algumas. A minha ultima moda e o incêndio. Isso mesmo, botar fogo em coisas! Eu ascendo meu cigarro, como quem não quer nada e pronto (pega uma almofada no Sofá e Poe fogo) deixo queimar até o fim. Outro dia entrou um gato aqui da rua, esses gatos da vizinha e eu botei fogo nele, tadinho... Queimou tanto que até a maluca da vizinha da frente chamou a policia. Gente! Eu tenho obsessão por morte? Só por que gosto de carne de gente maldita congelada? É só um tipo de gente, que saco!
Olha aqui essa linda estante que eu queimei ontem, não está uma beleza? Linda, linda... Eu também tenho uma nova mania, essa vocês vão gostar e aposto que não vão me recriminar, eu gosto de contar quantos milhos vem na lata ou então quantas ervilhas. A lata é minha e eu faço o que eu quiser com essa porra de lata! Não to podendo hoje com essa gente que não entende a necessidade de cada um, não acredito nisso! Eu conto milho mesmo e conto ervilha! Esses dias liguei no SAC das ervilhas por que era impressionante a diferença de uma lata para a outra, absurdo! O que? Eu to aqui abrindo meu coração e ainda por cima sou motivo de chacota!
A minha ultima mania (pega uma faca) e cortar a unha com faca! È tão perigoso e tão gostoso! Essa coisa perigosa é que nós faz (ouve vozes) eu não acredito que é a Laura (mais vozes) gente vou ali usar a faca para outros motivos...
Continua...

EM TERRA DE CEGO


Claudio: Volta aqui, volta aqui...
Ana Paula: O que é? Você vai me bater agora Claudio é isso?
Claudio: Não, quero conversar.
Ana Paula: Me larga, ta me machucando!
Claudio: Pronto. Larguei. E agora?
Ana Paula: Agora o que? Olha o que você fez! Você ta maluco?
Claudio: Olha o que você faz comigo Ana Paula, isso que você deveria parar e pensar um pouco sobre como...
Ana Paula: Eu? Parar e pensar um pouco? Eu to ouvindo direito? Parece até mentira...
Claudio: Você não entende.
Ana Paula: Quem não entende é você Claudio, você sabe muito bem que eu não quero nada com você! Tinha que bater naquele cara lá no bar?
Claudio: Mas ele ia...
Ana Paula: Ele ia o que Claudio? Ia o que?
Claudio: Ele...
Ana Paula: Se eu quisesse beijar ele Claudio? Se eu quisesse trepar com ele, e daí? Você não percebe Claudio? Você é gordo, barrigudo... O que eu vou fazer com um cara barrigudo? Você me da nojo!
Silencio
Ana Paula: Não vai falar? Então já que você deu esse vexame eu vou! Eu nunca ficaria com você, por mais que você seja, divertido? Se eu quiser me divertir coloco no Zorra Total e fico dando gargalhadas. (Com raiva) Mas com um homem gostoso do meu lado, sarado...
Claudio: (Tímido) Mas eu to na academia...
Ana Paula: Problema é seu, espero que continue assim... Ou melhor, arranje uma namorada para você! Problema e saber quem vai te querer assim.
Ela sai andando e ele fica chorando
Amanda: O que foi Claudio? Ta chorando?
Claudio: A Ana Paula né Amanda, ela sempre me faz de idiota.
Amanda: Não fica assim, você não deveria ter tanto ciúmes dela também, você sabe que ela não quer nada com você, por que continua com isso? Parece que você é sadomasoquista!
Claudio: Eu não sou, eu não posso... Olha ela voltando...
Ana Paula: O que você ta fazendo aqui Amanda?
Amanda: To consolando o Claudio, ele ta arrasado!
Ana Paula: Ele te contou que ele deu um soco no cara que tava afim de mim la dentro?
Amanda: Eu já sei Ana Paula...
Ana Paula: Vaza daqui sua safada, o que você quer? Se aproveitar do Claudio? É isso?
Amanda: Safada é você sua maluca!
Ana Paula: Como que é sua vadia? Acha que eu não to vendo você toda querendo dar pro Claudio, sua piranha!
Amanda: E se eu quisesse? Você não é nada dele...
Ana Paula: Vem aqui sua vaca que eu vou te ensinar a respeitar as pessoas
(as duas ficam brigando, Claudio sentando olhando)
“Chorei, chorei
Até ficar com dó de mim
E me tranquei no camarim
Tomei o calmante, o excitante
E um bocado de gim
Amaldiçoei
O dia em que te conheci
Com muitos brilhos me vesti
Depois me pintei, me pintei
Me pintei, me pintei”

CULPA


Não é culpa de tanta coisa errada que me aconteceu, não é minha culpa metade das pessoas virarem a cara para mim, não é. Não é minha culpa ter que ir até puteiros para poder ter um pouco de prazer, se fosse só o prazer ainda valia a pena... A carência, a carência que nos torna o que somos hoje, a solidão é o que nos transforma o que nos irrita o que nos entristece o que nos deixa a margem de fazer qualquer coisa, qualquer coisa...

PODE VIR, AMOR...


Meu coração está chegando no ponto para receber a sua flechada e sabe por que? Por que não gosto de vida pacata e não adianta insistir. Emoção! Amar, chorar, gritar, tomar aquele porra de cair no chão, mandar mensagem, ligar de madrugada e as penas tremulas, a mão suada e o olho que brilha.
                Para um apaixonado como eu, não amar alguém é como não estar na existência da vida e eu sei que eu vou sofrer no final, porém “estar apaixonado” é estar com os olhos menos abertos, os pés descalços e o coração macio, como seu travesseiro e é assim que eu consigo olhar para o horizonte e ver um fim feliz.
                No fim, serei avacalhado pelos meus amigos, xingado por que perturbei a vida deles com meus problemas infantis, vão criar bordões para esse meu amor, vão dizer que se durou mais de um mês, foi recorde. È que a emoção de tudo isso faz a gente delirar.
                O sentido de “estar apaixonado” é entrar em uma montanha russa de olhos vendados e sem cinto de segurança e aposto que você não ia querer porém aquele espirito de aventura sempre diz que você deveria.
                Pode vir amor lindo ou sofrido, mas venha transformar tudo que está claro em embaçado.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

UM A UM ELES SE FORAM...


Não se sabe o nome, o grau, a perdição, o poder e a virtude dele. Não houve ninguém que até hoje conseguiu enfiar uma estaca dentro e chegar até seu coração, no que ele pensa, pensou e estava pesando, conta-se que um dia ele chegou em casa, tirou os sapatos, olhou pela janela e viu... O que ele viu? Ninguém sabe contar até hoje.

ENTAO, FOI ASSIM QUE EU ME SENTI SEM VOCE....


"Então, foi assim, eu me senti sem você...”

            Eu moro sozinho faz praticamente uns dez anos, vivo muito bem, obrigado! Mesmo que não tenha uma vida de classe alta, carro do ano na porta ou apartamento próprio, posso me orgulhar de uma coisa: trabalho com o que eu gosto, e o que eu gosto é de escrever. Escrever não é nenhuma arte, basta uma idéia, depois vêem as letras, palavras, frases, parágrafos e pronto, você tem um texto ou um livro. Simples assim.
            Foi em um dia em particular que eu me dei conta dos dez anos que passaram, foram dez anos... Era dia 11 de fevereiro de 2007, tinha acabado de pegar uma garrafa de dois litros que um dia foi de refrigerante e agora é aproveitada como vasilhame de água. Enchi um copo e me lembrei que faz dez anos que eu não o via mais... Senti saudades, peguei nossas coisas antigas que até hoje eu guardo - aposto que ele jogou tudo fora. Tanto que tinha para lhe falar, para pedir, para implorar... Foram os dez anos, mas tenebrosos possíveis para a minha vida amorosa. Fico pensando se alguém consegue ficar dez anos na mesma merda por alguém... Acho que não, devo ser uma raridade nesse mundo imundo. Não... Não posso pensar que sou assim e que, mas ninguém no meio de bilhões de pessoas tenha sentido isso, parece que isso me conforta.
            Ele não sabia que em dez anos não tive um namorado que durasse mais de três meses, não amei mais ninguém como eu o amei, não parei de pensar nele e nem de pensar em procurar. Sai da cozinha, fui até a sala onde estava o computador. Por sorte o e-mail dele ainda seria o mesmo, o meu ainda era. Mandei um e-mail marcando um encontro. Dez anos mais tarde, será que ainda era o mesmo? Será que realmente as pessoas não mudam, será? Será? Então, tive resposta do e-mail, era um “ok”; e apenas isso. Senti um tanto estúpida aquela resposta, mas não dei importância. Na mensagem, ele confirmava a hora e local marcado por mim, mas já bastava saber que ele ia.
Era hoje e eu estava tremendo, coloquei uma roupa bonita, blusa amarela e calça jeans comprada para ocasião. Pois ele gostava quando eu usava calça, o que era raro. Passei por uma rua onde um motorista havia atropelado um motoqueiro; aquele bando de urubus em cima, não tem coisa que eu mais detesto que um bando de gente em cima de alguém que se acidentou. O que é aquilo? Preocupação? Não... É prazer pela desgraça! Passo reto e não olho...
            O bar não era nada de luxuoso, tinha lá seus garçons, suas mesas de madeira e sua pintura artística; se é que aquilo possa ser chamado de arte. Ele chegou de terno, gravata... Devia ser alguém importante. Olhou para mim profundamente, parecia que ia me comer ali mesmo, abri a boca e achei melhor me calar. Ele pediu algo para beber, então bebemos... Ficamos nos olhando durante muito tempo... Ele era o mesmo, o mesmo calado de sempre, lindo, parece que estava cada dia mais lindo! Dez anos fizeram bem para ele. Olhei-me  pelo vidro do bar e vi meu reflexo; dez anos pareciam cinqüenta... Ainda não acreditava que aquele encontro estava acontecendo depois de dez anos, um e-mail fez aquilo, um maldito e-mail, e nem que ele não mudara, nem eu. Bebi um pouco, então ele me olhou e disse que eu devia falar o que tinha para falar, pois ele tinha horário e todo tempo comigo era precioso. Fiquei ali olhando...

Silêncio, silêncio e mais silêncio.

Fiquei sem coragem alguma para abrir a minha boca, estava à frente do grande amor da minha vida, o homem da minha vida, e não tinha coragem de falar que o amava, que o queria para mim e que não suportaria mais essa ausência!  Não tive. Ele repetiu a mesma pergunta: O que você quer comigo? Eu não respondi. Ele levantou, deixou-me seu telefone novo, e eu vi saindo pelo vidro... Virei-me para mesa e disse “eu te amo” baixinho nas costas dele, tarde demais. No passado, eu já o tinha segurado e falado tudo, mas dessa vez o silêncio me consumiu.
Saí do bar, me deparei com outro acidente, e então comecei a chorar. Pensei ter ouvido meu nome, olhei para trás, e nada. Deveria ser alguém soprando no meu ouvido que me amava, alguém que não existia ou era a minha memória me pregando peças novamente; um bando de besteiras. Voltei para casa, liguei a TV, e não acreditei no que vi, mas era real...

MEU DOCE...


Mais um dia sem dormir, já são três. Parece até que é doença, mas não sinto meu corpo pesar e nem minha cabeça rodar; tiro cochilos de uma hora no máximo vendo televisão. É em dias como esses que eu duvido de tudo que eu vejo e sinto, foi assim então que eu me lembrei de você. Lembrei do seu cheiro, do dia que você saiu por essa porta parecendo um MALUCO. Eu te amo, volta...

MULHER


Levantou, olhou ao horizonte, lutou... Após a sua luta de mulher grande, forte, sincera, bonita, elegante e apenas mulher ela secou os olhos, havia chorado lagrimas que inundaram um mundo inteiro, o seu mundo inteiro. Mulher, mulher que viveu, trabalhou e lutou. Pensando que cada luta não era suficiente para vencer, lutou cada dia mais...

Aos passar dos tempo mais o seu mundo era inundando por mil e umas coisas que conseguiam descobrir o que ela fazia, o que ela era, o que ela temia, o que ela amava, mais coisas entravam dentro dela, mais pessoas saiam e voltavam para sua vida, comodidade, vida diferente... Assim, um belo dia, sem mais e nem menos, andando pelos jardins que ela tanta gostava a mulher guerreira de cabeça em pé caiu, não abaixou a cabeça, sentiu os joelhos doerem, sentiu a ardência do ralado do joelho, segurou firme sua cabeça , segurou as suas lagrimas, seu amor, sua dor, seu grito, seu desespero, olhou para seu grande inimigo, seu grande confronto, sua grande inquietação e sorriu, um sorriso singelo, um sorriso sincero, um sorriso de mãe.

Mulher, nada mais do que mulher, mulher! Adjetivo para tantas e outras mulheres, mas especial para essa! Essa mulher ainda de joelhos se ergueu, respirou fundo, olhou para o longe viu uma nova vida e decidiu viver, olhou a estrada ela não tinha fim, abandonou o irreal, lutou contra o desleal, guardou a dor, inventou a paciência, inventou a segurança...

Hesitou, gritou, rezou, pediu... Mulher, adjetivo feminino, mulher adjetivo de vida, grande vida. Caminhou com seus joelhos latejando pela vida inteira e toda a vez que algo lhe acontecia ela lembrava do que tinha que ser feito, era simples... Olhava as marcas de seus joelhos, olhava o céu, a sua vida, seus frutos e respirava fundo e apenas sorria..

RUA GENERAL CAMARA


Mama: (Fora de Cena) Sua filha da puta!

Mama vai correndo até seu quarto.

            Ela entra no quarto de Agulha.

Mama: Você ta louca desgraçada? Heim? Ta ficando louca? (Batendo em Agulha)

Agulha: O que eu fiz?

Mama: O que tu fez? Ta dando pra esse filho da puta de novo!

Agulha: Mama, mas...

Mama: Eu gosto muito de você, muito mesmo! (Desnorteada)

Agulho: Isso não é...

Mama: Normal? Normal?

            Mama da na cara de Agulha

Mama: Nada aqui é normal! Nada... Nada!

Agulha: (Paciente) Presta atenção Mama, quando a gente ama alguém de verdade é pro resto da vida, ate a hora de você fechar os seus olhos e dizer adeus a essa vida. Seja ele marginal, corrupto, assassino, ladrão, mau caráter não importa quem é, o amor não morre... Se morreu é por que nunca existiu! Quando você vê  a pessoa o seu coração palpita, seus olhos incham, você se segura firme, levanta o nariz e pensa: que não posso descer do salto! Então respira fundo e tenta falar qualquer coisa só que a sua voz não sai, ai você fica nervosa, fala um monte de besteira fica com vergonha e quando vê... As horas se transformaram em minutos, minutos em segundos e segundos em nada, aquele tempo parece que não foi nada, absolutamente nada. Então não me julgue que eu o amo, por mais que sem vergonha e mau-caráter ele seje, eu não mando no meu amor, no meu afeto e nos meus sentimentos... Não mereço julgamento, por que não fiz nada de errado, se apaixonar não é errado! Mama se apaixonar não é errado! É natural, tão natural quanto você ter entrado ontem no meu quarto e ficar gritando feito uma louca e me xingar por que eu trepei com ele de novo, você deve saber o que é amar, deve sim... Não é possível! Ou será que só importa o dinheiro no bolso? É só isso que importa?

Mama: (Indiferente) É a única coisa que vai te deixar viva criatura!

Agulha: Viva?

Mama: Que vai te alimentar, comprar essas roupas, essas jóias. E esse tal de amor não que não vai Agulha! Acorda!

Agulha: Mas...

Mama: Não tem mais, não tem amor porra, cala a boca. (Mama bate em Agulha)

Agulha: Você não entende mama, deixa eu explica...

Mama: Cansei dessas explicações...

Agulha: Mama presta atenção... O amor ele não mede tamanho, raça, cor, modo e jeito. Mama, olha! Amor é um sentimento? O que é um sentimento? Nada mais que sentir não é? Sentimentos não se explicam, se vivem!

Mama: Agulha...

Agulha: Mas...

Mama: Vai dormir, chega... Chega!

Mama sai.