segunda-feira, 15 de julho de 2013

UMA VISÃO DE ANOS ATRAS OU DE AGORA?

Não sou o que não quero ser. Sou apenas eu. Dessa forma estranha de ser, viver e permanecer. Sou fera, monstro, anjo e seu demônio. Sou o riso, o gozo, o adeus e o seu choro. Sou Homem, Sou Bicha, Sou Mulher, Sou Sapatão, Sou Drag, Sou Travesti e sou Mãe. Sou o abandono dos dias frios e a suruba dos dias de carnavais. Sou a sua falta de céu, de luz, de falta, de dor. Uma guerra, uma batalha medieval, uma batalha de casal, uma batalha de amigos. Uma conquista, um desejo, um temor. Sou motivo da gargalhada, motivo da lagrima e o motivo da sua loucura. Sou o grito dentro do coração, o medo do homem covarde. Sou amigo, irmão, filho, pai, tio, avô, eu sei que sou maior. Sou da cultura e sou da maior ignorância do mundo. Sou o Festival Santista de Teatro Amador, sou o Curta Santos, Sou o Talk’nDance, sou a Cadeia Velha, sou o Canadá. Sou prefeito, presidente, governador, senador e ladrão. Sou o rostos dos meus amigos, o ódio dos meus inimigos o abraço dos meus amores. Sou razoável na cama, bom de dormir, de um pau médio, uma bunda média, rosto médio, nariz grande. Sou mais ardido que pimenta, mais doe que bala de coco. Sou duro comigo, sou cruel com os outros, paciente com ninguém. Sou minha falta de amar, minha falta de gozar... Meu medo da solidão, minha ânsia de romance. Sou o começo, e você meu fim. Sou proletariado, sou dono, sou lúcido, sou louco. Sou o meu Adeus, o seu Bom Dia, o Boa Noite perdido no meio de palavras de amor. Sou seu abraço, seu cobertor, sua concha debaixo do edredom. Namorado, solteiro, amantes, na verdade não tenho é ninguém. Tenho família, mas sou órfão. Sou a vontade de casar, a noiva da igreja, o padre na cama. Sou fiel, não perco chances, não conto erros, não contabilizo acertos. Sou a sede, a fome, a miséria, o egoísmo, a humanidade, o humano. Sou o que não se importa com o concreto, sou o que se importa com o que respira. Sou um pensamento a milhões de distancias, uma saudade repentina a qualquer hora do dia, sou a lembrança. Sou o bem e o mau em uma batalha travada a 7 chaves dentro de mim. Sou sincero, mentiroso, honesto. Sou Leonino. Sou eu, Roberto de Moura Neto ou então só Betinho, porém sou eu, e sou assim e não vou mudar nunca.

domingo, 7 de julho de 2013

CANSA

Chega uma hora que a gente cansa. Cansa mesmo. Não cansa do nada. Não age por causa de outras ações. Só cansa. Cansa de dançar, dançar de trepar casualmente, cansa de meias palavras, cansa de falta de olhar, cansa de falar, cansa de brigar, cansa de tudo. Chega uma hora que cansa. Dizem que isso pode ser maturidade, coração de pedra, falta de esperança ou amor reprimido. Eu prefiro chamar isso de cansaço que quem sabe uma hora volta e quando voltar não será como foi da primeira vez.