Daqueles
sentimentos que a gente não tem controle – da vida que a gente não entende, de tudo que a gente não sabe,
do que a gente não viveu. Renato andava
de um lado para o outro, buscando dentro de si alguma informação coerente sobre
a vida, sobre ele ou sobre qualquer coisa que lhe trouxesse o controle
novamente. Ele perdeu o controle. Ele é um controlador. Ele precisa do roteiro, do caminho e da
organização mental. Foram lagrimas, pedidos de abraços e benções em menos de 24
horas – essa ultima horas torturantes para a sua cabeça, para seu coração, para
os eu sempre – Renato não sabe nada desse mundo que ele habita, mas entende que
quando sai da casca, ele deixa de ser imortal, então ele pode sangrar.
Essa
espera, era gerada por causa de uma resposta – Renato, agora fora da casca, esperou esse momento por mais de trinta anos –
uma simples resposta, como um sim ou não, seria enviada a ele. Nos últimos meses
perdeu o controle da sua vida, mudou hábitos, evitou pessoas, transformou sua
cabeça em algo maior, planejou mais, se preparou, como fosse para uma batalha.
Renato, estava aflito e agora sentado, pensava em uma velocidade aterrorizante
para o seu coração, agora mais cansado do que nunca ele recebeu a resposta.
Levantou,
olhou, parou, colocou a mão na cabeça, massageou o rosto, fechou os olhos e os
tronou abrir: ele realmente estava
apaixonado lembrou-se que o amor não tem controle. Renato seguiu seus passos,
tentando destruir todos os planos que tinha estabelecido, ele não tem mais
controle, o amor não tem controle.
Fora
da caixa, fora da casca e apaixonado.
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