quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

DINORAH OU COMO VOCÊ QUISER

Fazia tempo que eu não me sentia da forma que hoje eu me sinto, nunca me deitei com um homem com a simples vontade de ficar ao seu lado e dormir, até abraçá-lo, olhei para o relógio e já era tarde, eu disse a mim mesma, Letícia isso são horas, o que você está fazendo.Tava pensando em uns lances, um muito "nada haver", coisas do tipo em trabalhar na tevê, ser uma celebridade, coisas do gênero. Ele estava lá dormindo. Meu próximo pensamento foi um cigarro, cigarro mesmo, nada daqueles mentolados ou então com qualquer tipo de sabor, que no final dá na mesma porque não tem gosto de nada, é apenas fumaça, nada mais que fumaça. A ressaca já corroia meu estômago, fígado. Sei lá! Acordei ele, mais uma foda, era dessas coisas que eu tava falando, sabe? Foder e foder e depois deitar juntos. Eu e as minhas manias de compartilhar coisas sobre a minha vida que não deveriam ser compartilhadas, mas é que falta assunto...

Um minuto de silêncio, quebrado por ele, nada mais gostoso do que gozar e ficar quieto, sem palavras, só deixar o gozo no ar, já pensou nisso? A respiração tem que voltar. Ele me vira e começa a falar, que eu era linda, peituda. Por favor, minha vontade foi mandar ele calar a boca. Não era uma foda de conveniências, não, era pior. Tava quase saindo do motelzinho fulero casada, casada. E se eu fosse puta tinha que fazer as vontades do moço, ele tá pagando, mas eu não sou!

Dessa vez eu dei meu telefone. Só dessa. Não sei por que, deve ser porque dormimos um tempo juntos no intervalo da foda. Deve ser isso. Entrei no carro, ai comecei a pensar como o telefone e a internet hoje em dia fazem com que as pessoas se aproximem e acabem onde eu estou agora, quer dizer, onde eu estava, fudendo. Quantas pessoas fodem pela internet? Não sei. Fui pra casa, tomei uma ducha. Deitei e dormi. Não esperei por ele me ligar, eles nunca ligam...

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