quinta-feira, 12 de março de 2015

QUEBRADO DE MIM [2]

Vou começar o post de hoje com essas pequenas historias que vemos no facebook, que compartilhamos ou que passamos despercebidos, vale a pena dar uma lida, é rápido...

O médico perguntou ao senhor:
- Por que a pressa?
E ele respondeu:
- Todos os dias neste horário vou visitar minha esposa que está em um asilo.
E o médico comentou:
- Que bacana! Então vocês matam as saudades, batem papo, namoram um pouquinho!
E o velhinho diz:
- Não! Ela não me reconhece mais, por causa de sua doença.
O médico surpreso então pergunta:
- Mas por que então tanta pressa para vê-la, já que não o reconhece mais?
E com um sorriso no rosto, o velhinho responde:
- Mas eu a reconheço! Eu sei quem ela é e o que representa na minha vida há tantos anos.

Espero que você tenha lido pois ele reflete muito o que andei pensando nesses 72 dias que estou sem andar, sabe que em muitos momentos a dor que eu sentia por não poder sair, fugir, mudar, revoltar me fizeram pirar... Era como eu não coubesse mais dentro de mim de tanto sentimento maluco que vivia engolindo. Meu amigo, você engole sentimento até o mundo acabar... Você dorme engolindo e acorda engolindo e não pense que era “isso” que eu engolia por que chega uma hora que até esse apetite se vai – era um vazio cheio, sabe? Já teve isso? Um vazio cheio... e as lagrimas que não saiam? O medo de errar com aquelas pessoas que queriam tanto o seu bem, que estava fazendo o seu bem – sua cabeça então depois de engolir tantos gritos, ódios, raivas, amores e milhões de frases ela fica alimentanda e seu coração também, de tristeza.

Mas hoje eu li esse texto e entendi o que eu fiz para que essa dor não fosse contagiante ou então que me destruísse por dentro, como tentou mais de uma vez – como tenta até hoje -  eu entendi que essas pessoas eu sei quem são e  o que representam na minha vida há tantos anos – e foi assim que burlei minha mente quando pensava: Ele faz por obrigação ou ele não me ama. Hoje eu penso no amor, pleno, como eu acredito.


Acordei hoje e chorei, primeiro por estar vivo e depois por ter tanta gente envolvida nessa historia por que gosta de mim, depois chorei de novo na fisioterapia por ver meus dedos se mexendo e quando cheguei em casa e vi uma foto do meu namorado – 72 dia sem andar mas não foram 72 dias sem abraços, sem amor, sem cafuné e posso dizer que tive presentes, beijos e muita coisa boa – a nossa mente é ótima de nos fazer desacreditar em nós mesmos mas é certo que o coração tem guardado uma poupança de amores que foram recebidos e não processados pela mente – calma, uma hora um alerta vermelho se acende dentro de você e ai... pronto! O coração grita!

Nenhum comentário:

Postar um comentário