Ele calmamente pegou seu cigarro no bolso, acendeu ,tragou, sentiu uma felicidade percorrendo seus pulmões, parou de pensar um momento e então olhou profundamente nos olhos de seu amigo e chorou, chorou um choro de verdade, sentido, doido e assim colocou sua mão encima do joelho de Marcus que estava sentado no chão com e ele e tragou.
Renato: Não liga para as minhas lagrimas, ela saem assim, sem ter por que sair.
Marcus: Você parece que é maluco, até ontem tinha parado de fumar e hoje... olha lá. Fumando de novo!
Renato: To me acalmando Marcus, você sabe o quanto eu ando nervoso ou não sabe, a vida da gente anda muito maluca, ninguém mais cuida de nada e de ninguém, é logico que você não percebeu que eu estou mal, ninguém mais percebe nada, somos todos maquinas, domesticados para apenas aguentar e não sentir nada, por isso...
Foi então que Marcus pegou Renato e o colocou em seu colo, Renato não disse nada, apenas abaixou sua cabeça no ombro do seu amigo e por um minuto pode se sentir confortável, seguro e dono do mundo.
Marcus: Melhorou agora?
Renato: Nunca melhora, tá aqui dentro...
Marcus: Apaga esse cigarro.
Renato, calmamente olho o céu, a rua, as pessoas passando, se lembra de quando era criança, jovem... Lembra dos seus amigos, seus amores, seus defuntos e agora pega o cigarro e apaga em seu peito, Marcus se surpreende com o que o amigo faz, fica sem palavras, sem voz, sem entender.
Renato: Apaguei .
Marcus: Reparei, por que ?
Renato: Apaguei em meu coração gelado que deixou de amar.
Ele levanta e sai caminhando, sem direção, fumando outro cigarro e tragando um minuto de vida.
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