quarta-feira, 14 de agosto de 2013

TEMPO

Sabe quando entram na sua casa e tiram suas coisas do lugar e você não sabe mais onde está nada e nem por onde começar a arrumar? É isso! Bagunçaram o que demorou cinco anos para estar arrumado! É a cada coisa que você recolhe, recolhe as lembranças, as historias e as memorias - é preciso jogar essa roupa fora, ela não serve nem mais para doação – você ouve isso dentro da sua cabeça e diz em voz alta – não, essa pessoa não.

A zona de conforto acabou, tiraram você do sono profundo do amor, a dor é inevitável... Doe tanto que parece que é brincadeira, doe como a primeira queda que você teve na sua vida, doe como a primeira lagrima derramada e como doe... Você vai ter raiva por estar fora do lugar, vai ter preguiça de organizar, vai ajoelhar e pedir para que o mundo pare, mas tudo nesse momento vai girar.
Gira, gira, gira... Como uma pomba-gira desenfreada que encheu a cara no dia anterior. Na cama lembranças de amor e carinhos entre os lençóis, no travesseiro o cheiro do cabelo dele e até quando fechar os olhos dá pra sentir o calor do seu corpo, mentira – a vida gira – é a cachaça.

Ressaca, bagunça, esquecimentos – vale lembrar que você está apaixonado – mas ninguém olhou para você ainda e disse – ele deve ta apaixonado, ta todo avoado – é que foi imaturo, quando começou, terminou apenas em um quarto bagunçado, onde cuecas tomam o lugar das camisas penduradas e o racional fugiu junto com algo que você perdeu.

Tempo. É preciso tempo.

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