Prólogo
Mulher fumando e bebendo olhando
para a tv, pensativa, com dois meninos deitados em suas cochas... ambos
pelados.
M: Será que eu sou tão querida
assim quanto parece? Será que sou até querida por meus inimigos por ser inimiga
deles, será que toda demonstração de amizade plena e simbólica é uma forma de
amor? O que seria então? Sabe às vezes eu penso que eu te amo não é bom dia.
Ela levantou, apagou o cigarro e
saiu, os dois continuaram olhando a televisão.
Cena 1:
Se arrumando para sair...
Ana: Já é a segunda vez que me
perguntam se isso é mentira, se aquilo é verdade. Eu contei pros meus amigos
sim, e dai? Tem gente que não entende que precisamos desabafar às vezes,
precisamos contar coisas que nos contam para passar para frente, se o peso era
cem porcento, quanto mais você o dividi, ele diminui (conversando com a
platéia) Como? Isso? Isso eu não contei para ninguém, a gente tinha um acordo e
fui eu que o cumpri até o fim... Foi ele que abriu a boca e detonou a bomba,
paciência... Cruzo minhas pernas para todos... (senta) Acendo meu cigarro como
de costume, levanto minha voz um pouco o bastante para irritar, chamo o nome
todo, nada de apelido... Solto minha frase celebre e saiu andando,mas antes de
sair mato meu copo de cerveja e apago meu cigarro, com mais classe ainda, eu o
apago no cinzeiro, para da ênfase ao que eu estou fazendo. Não gosto dessa
historia, não quero ouvir mais nada sobre ela, to atrasada.
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